Policial descumpre medida protetiva e ameaça mulher: 'veremos se um papel resolve'
Policial militar foi preso. A informações foram divulgadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
“Veremos se um papel resolve”. Foi o que disse um policial militar depois de descumprir medida protetiva e ameaçar uma mulher, em São Francisco, no Norte de Minas. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve nessa quinta-feira (30) decisão judicial favorável ao pedido de prisão preventiva.
O agente público descumpriu medida protetiva de urgência aplicada em favor de uma mulher com quem ele manteve relacionamento e, na última terça-feira (28), ameaçou “quebrar os dentes dela” em uma festa realizada no Povoado da Jiboia.
De acordo com a 1ª Promotoria de Justiça de São Francisco, o policial e a vítima mantiveram contato amoroso no ano de 2017.
Após o término, o homem criou perfis falsos em redes sociais com nomes de outras pessoas e, com o tempo, ganhou a confiança da vítima, - de modo a obter dela vídeos contendo cena de sexo e nudez.
Foi então que o investigado passou a divulgar os vídeos íntimos e fotografias dela em vários grupos de Whatsapp, mandando-os, inclusive, para a mãe e o cunhado da vítima.
O policial ainda ameaçou a moça, dizendo que, se ela continuasse a manter contato com outro homem, a mataria na frente de todos e, em seguida, tiraria sua própria vida.
Com medo das ameaças, a vítima requereu medidas protetivas de urgência, que foram deferidas no último dia 21.
De acordo com a determinação da Justiça, o investigado dever manter distância mínima de 300 metros da vítima, não frequentar a residência dela ou manter contato por qualquer meio de comunicação.
No entanto, descumprindo a ordem judicial, o policial continuou fazendo contato com a mulher e a ameaçando.
Na decisão judicial, o magistrado destaca que o fato de o investigado ser policial e possuir posse de arma de fogo aumenta o risco de um ato contra a vida da vítima.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que "prestou todo apoio à vítima e, inclusive, o caso já está em poder da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica e Familiar (PPVD), para ser devidamente acompanhada". A corporação instaurou procedimento interno para apurar a conduta do militar e, "em razão de se tratar de questões familiares, o procedimento segue em sigilo".
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